O longo silêncio, desprovido de olhares, guiado apenas pelas linhas da modernidade - que nada tem haver com o sentimento que nos calou - encheu meu peito de saudade.
Sem referência da tua voz, dos teus pensamentos pausadamente sábios o esquecimento da necessidade da tua presença escondia na ausência da lembrança o conforto de auto-suficiência, forjado, falso. Sonhado. O constrangimento que precedeu a fala - palavras enroladas - não possuíam a forma geométrica enrustida, característica de situações de reconcilio - desenrolavam-se num emaranhado de suspiros.
Hoje, minh'alma calmaria, saudade foi se embora feito água, lágrima do corpo que chora pela falta e ri pela certeza de reencontro, afinal meu velho está vivo não morto.
Escondendo-se em sua fortaleza de saber, casa de sapê, ora barraca, ora arca criando no seu universo particular um lar de idéias onde não consigo morar. Recria paredes de ideáis, teto de utópias, venha de férias, meu pai, visitar suas filhas.
Escondendo-se em sua fortaleza de saber, casa de sapê, ora barraca, ora arca criando no seu universo particular um lar de idéias onde não consigo morar. Recria paredes de ideáis, teto de utópias, venha de férias, meu pai, visitar suas filhas.