20080129

Hemorragia de Palavras I

Situações insustentáveis.


Diálogos ruins sem criatividade rodeados de rotina, ciúmes e crises que variam entre desconfiança pessoal á confiança alheia.

Palavras mal ditas, volume baixo contra partindo de situações interessantes e novas pessoas. A sedução torna qualquer débil mental em um atrativo durante o jogo, não importa você se entrega sem perceber de maneira ingênua, a partir dai o outro não se torna menos interessante, tornasse desgastado pela concorrência e o amor é então o plástico flácido - à boneca fora de linha -, os sonhos são teorias de felicidade que te fazem dormir.

O final feliz que nunca chega, ao inicio de um enredo novo e jovem, sem rugas de preocupação e manias que te infernizam pela manhã.

Escove os dentes com escova nova a cada três meses.
Tome banho depois da chuva. Esta noite sentirei sede, traga água.

Desculpa. Dez culpas por amar, crendo no amor enquanto salvação. Vez era, não é mais.

Crise.

Amanhã dormirei mal sem teu mau hálito bêbado, depois me acostumarei com o rumo dos rios que se renovam.

Chuva, pos sol. Café amargo sem doce, três colheres de sopa de açúcar. Psicológico. Sonho ruim como dormir sem notícias.

Pagamos para discutir pois pessoalmente não terá contas no fim do mês para lembrar os danos de outrora.

Cansaço envolto de vontade de continuar sorrindo. Sou feliz, ainda não recuperada e sem possibilidades de seguir sozinha. Tu és meu caminho, canino que rasga minha carne babando saliva que cicatriza a ferida.

Nem tanto, muito menos tampouco. Apenas um momento desagradável.

Há preferência entra filhos para uma mãe, por que não para o amor, amigo?

Teu silencio me magoa mais que o choro de dez mil crianças sem sono. Mata-me, pra eu morrer ainda amada.

Ama-me pra eu viver na ilusão de que seguiremos sendo o que éramos ainda pouco: antes do telefone tocar em meio a uma discussão que não era tua. Eu surpreendida entre a raiva de assuntos alheios e desconforto de novos assuntos.

Mulher... Interessante? De bom humor e falante? Passou a manhã contigo enquanto eu dormia um sono assombrado de imagens ruins que envolviam a falta da tua fala, boa noite.

Demais para minha falta de confiança neste momento de ‘dês aliança’ pessoal, profissional... sem família.

Infantilmente incapaz, preciso de ti.

"Te amo um monte" e o suficiente, até quando?

20071130

Presença da Ausência

O longo silêncio, desprovido de olhares, guiado apenas pelas linhas da modernidade - que nada tem haver com o sentimento que nos calou - encheu meu peito de saudade.

Sem referência da tua voz, dos teus pensamentos pausadamente sábios o esquecimento da necessidade da tua presença escondia na ausência da lembrança o conforto de auto-suficiência, forjado, falso. Sonhado. O constrangimento que precedeu a fala - palavras enroladas - não possuíam a forma geométrica enrustida, característica de situações de reconcilio - desenrolavam-se num emaranhado de suspiros.

Hoje, minh'alma calmaria, saudade foi se embora feito água, lágrima do corpo que chora pela falta e ri pela certeza de reencontro, afinal meu velho está vivo não morto.
Escondendo-se em sua fortaleza de saber, casa de sapê, ora barraca, ora arca criando no seu universo particular um lar de idéias onde não consigo morar. Recria paredes de ideáis, teto de utópias, venha de férias, meu pai, visitar suas filhas.

20070903

curto refrão, frio azul.

Longa noite fria de curtos sinais seus. É o tempo controverso, estação inverno trazendo fragmentos de solidão. São as ondas do mar, da cor do céu, azul de sonho acalmando meu coração. Ritmo incerto de curto refrão, tumulto nas pedras lisas; planos escorregando, talvez criados em vão. Mas vêm acalmando meu coração, pois são nas noites assim que corro pro utópico, ao invés do teu colo buscando a certeza de que valem a pena às noites e juras de amor - e também as de solidão.

20070731

Tragédia III


O que dizer de uma esposa que viu os planos de suas filhas ruir enquanto seu amor morre lentamente?
Que ela tem um sobrinho, de 20 anos, filho de sua irmã mais velha Augusta.

Augusta quando mais jovem era modelo. Modelo das mais belas mulheres de sua época. Engravidou e pariu Israel, depois casou-se com Rolf e sua vida de glamur e pessoas bonitas foi substituida por um buteco na bera da BR, onde constituio uma família feliz e que se ama, tendo mais dois filhos Robert e Roland e mais tarde sendo avó, de dois netos, Enzo e Nathan.
Roland o filho mais novo, ainda não é pai. Frequenta boates, bares e atualmente o hospital, onde jura sentir suas pernas, enquanto nem avó, nem mãe, pai, irmão, tios, primos e sobrinhos têm coragem de lhe dar a noticia, tão pouco ninguem acredita que o menino serelepe, não poderá mais andar.

Tragédias II

O que dizer de uma filha que seria mãe e de uma mãe que seria vó, pela primeira vez?
Que a filha tem uma tia e a mãe tem uma irmã cujo nome é Lúcia.
Lúcia tem três filhas, Tânia, Vera e Rosana e um marido, que por vez não é pai de nenhuma delas, embora tenha criado-as como tal. Tio Di e Tia Lúcia, viviam bem.
Juntos criaram hábitos saudáveis e largaram velhos vícios, como o cigarro, além do cuidado perfeccionista na criação das Meninas.
Ergueram, sempre trabalhando juntos, uma bela casa de dois pisos, deram formação acadêmica para Tâninha, super festa de casamento para Veroca, e para Rô, casa, comida e roupa lavada até os dias atuais.

A Primeira das meninas nunca exerceu a profissão na qual se formou, a Segunda separou-se e a Terceira pretende ir embora do país. Lúcia cuida de Valdir, que não pode mais subir escadas graças á um câncer de pulmão.

Tragédias I

O que dizer de uma família de oito irmãos, sendo quatro homens e quatro mulheres todos com um número mínimo de dois filhos, exeto Helena(?).

Helena não é a mais velha das mulheres, nem a mais nova, tão pouco a do meio, visto que Elas são em quatro. Lena é mãe de Ale. Alessandra não é a neta mais velha e está longe de ser a mais nova, pois essa é Isadora que tem pouco mais de um ano. Isa, deveria torne-se fiel amiga e leal prima de Manu, a filha esperada anciosamente por Ale, Lena... enfim, pelas mulheres de nossa família. E claro, pelos homens.

Nossa bebê, calou-se ao ver o mundo, rodeado de paredes e pessoas frias.
Tão forte e pequenina, nos fez chorar, mas não chorou.

20070713

te vira disco!

Troca essa melodia lenta, lânguida, falida. Muda a rotação. Aumenta o ritmo, abaixa o som.
Abandona a vitrola e vai fazer algo bom, sai de casa e vai curtir a cena que tem o palco lá fora. Te alimenta da iluminação solar... faz fotossíntese cerebral. Oxigena a alma com movimentos retilíneos, cai tonta no chão levanta e diz que se chama ninguém João. Segue sem cobranças, levanta poeira sacode a sujeira, te lava com o vento frio, busca uma casa sem paredes e nela põe uma placa "bem vindo seja aquele que aqui chegou sem propósito nenhum".